sexta-feira, 31 de maio de 2013

A Grande Marosca

A ânsia do poder, a raiva incontida da perda do controle do regime que sempre consideram seu,a perspectiva de inflexão da política europeia no sentido do crescimento económico,o terror de que
o regime  deixe de ter espaço para um Estado monstruoso que alimenta lóbis e clientelas com total desprezo pelos resultados desastrosos que nos coloca reiteradamente na bancarrota : leva esta 
"esquerda unida" irresponsável, chantagista  e reacionária  a tentar apear um governo eleito e com maioria parlamentar. Não hesitam arrastar o País para uma grave crise política que,inevitávelmente, irá anular todo o sacrifício a que fomos sujeitos até agtora.
Para isto, usam todo o tipo de artimanhas: as manifestações são o Povo; as greves são gerais;utilização de agentes provocadores e arruaceiros para insultar os actuais governantes a todos os locais para onde se deslocam, etc,etc.
Nesta encenação de Dia do Corpo de Deus não pouparam o "pobre"do dr. Mário Soares que com visível dificuldade foi balbuciando um discurso escrito durante penosos 20 minuto!
Sem respeito pelas regras  democráticas, sem  respeito pelo esforço,esse sim, de todo um Povo para superar o estado em que deixaram o País, sem respeito pelo cumprimento do acordo assinado com os nossos credores, sem respeito por jovens  ou velhos,lançam  o Pais numa situação incontrolável,  de mais miséria, violência e sofrimento por muito e muito tempo.
As ovelhas viraram lobos, a Constituição  é a última barricada de um regime moribundo, as alternativas políticas ou são meras ficções que só outros podem viabilizar ou então uma qualquer democracia popular onde os Fideis e os Chaves enriquecem e o povo vive em abjecta miséria.
Sem dinheiro não há socialismo que nos valha. Há é uma pulsão  pelo controle do Estado para que a apropriação e repartição da riqueza criada se faça pelas suas clientelas em detrimento  do resto da
sociedade.
Esta é a grande marosca que está em curso e que a reunião na Aula Magna tão bem ilustra.












segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ideal Platónico

O ideal Platónico consiste na conjugação de três ideias: 1) todas as questões genuínas ,como na ciência, devem ter uma só resposta verdadeira;2) deve haver uma via fidedigna que permita descobrir essas verdades; 3) uma resposta verdadeira uma vez encontrada tem que ser compatível com as outras já encontradas ,formando um todo uno . Esta omnisciência,permitiria assim, a comprenssão perfeita do mundo. No caso da moral seria possível conceber Uma vida perfeita, dado que conheceríamos correctamente as regras que regem o universo.
Contudo, é muito improvável que esse conhecimento perfeito  possa ser atingido quer pelas nossas limitações quer pela complexidade da natureza exterior. Por isso, são muito os caminhos que os homens seguem procurando atingi-lo: as Igrejas; os laboratórios; a intuição; a exprimentação;nas visões místicas ou no calculo matemático.. Seja como for,segundo o  ideal platónico, sempre deve existir um sistema final que responda  às questões que buscamos. Se nòs não sabemos talvez Adão o soubesse no Paraíso, se isso não acontece podem os anjos sabê-lo e, se o não sabem, Deus  sabe.. As verdades perenes,em prícipio devem ser inteligíveis.
Este ideal em que muitos acreditam é determinante para uma visão moralista e missionária do mundo cuja organização sócio política tenderia para a perfeição plena.
Esta utopia tem custado aos homens sofrimentos e violências indiscritíveis,pelas guerras e perseguições a que tem sido sujeitos em nome de uma qualquer verdade absoluta cujo  fim último sendo Éden terreno se transforma no Inferno, dos que por qualquer razão deles tem dúvidas ou, se revelam pelos métodos de intolerâcia utilizados por aqueles que o perseguem.
O homem está condenado a escolher; cada escolha supera um problema que por sua vez outros problemas trará; uma solução final não é concebível como razoável para a sociedade humana e muito menos o sacrifício humano que tal projecto imporia aos que a não desejassem.A liberdade é que
torna  seres responsáveis,cientes das suas limitações e respeitadores dos nossos semelhantes.
Mesura ,humildade e liberdade são as pedras de toque de uma sociedade decente.
Kant dizia "do lenho retorcido da humanidade jamais se fez algo direito"