terça-feira, 25 de junho de 2013

Carta Aberta

A um amigo e companheiro que muito estimo
Li um artigo seu que me deixou preplexo e profundamente preocupado.
Faz um balanço verdadeiramente arrasador dos 2 anos do actual governo e já vê claramente visto o seu fim atrvés de eleições. Sente-se enganado e assegura que não se deixará iludir!
Pois bem, respeitando embora a sua opinião, quereria manifestar a minha firme discordâcia pela mesmas.
Antes de mais,  não é possível omitir a circunstância de vivermos como protectorado ,que nos foi legado pelo governo anterior e sugeitos a um Memorando que nos impõe medidas draconianas de ajustamento, sem o qual não receberíamos as tranches financeiras, para o "normal" funcionamento do  País .
Depois, a nossa crise de endividamento enxerta-se numa crise mais vasta e de natureza estrutural da UE.
A entrada para o euro,da qual resultou um acordo que se nos trouxe vultuosíssimas verbas de coesão, e,concomitantemente, crédito fácil e o "abandono" da agricultura,pescas e uma forte desindustrialização.
Tempo de dinheiro fácil, leviandade e corrupção mas tanbém de endividamento das famílias e do Estado.
Tempo de déficite, de divida,de desemprego,de políticas "Keynesianas", obras faraónicas,aumentos generalisados de impostos e finalmente a bancarrota.
Desde 1973  que a Europa deixou de crescer: a gobalisação, as novas tecnologias, e a desindustrialização e  o consequente desemprego estrutural são as principais razões.
A Ásia ganhou a dianteira ás potências Ocidentais  e nós ainda tivemos a concorrência dos Países de Leste.
Os Estados Sociais ,pelos seus custos,tornam-se insustentáveis
A frágil classe média portuguesa sobrecarregada pelos impostos à ordem  dos nossos credores deixaram de alimentar o nosso mercado interno. Só 15% das nossa empresas exportam.
O Governo de Passos Coelho ,naturalmente com erros e debilidades-quem  a não teria nestas circunstâncias?-tem conseguido, no essencial, ultrapassar os  enormes escolhos que tem pela frente e com uma serenidade notável.
Não se iludam aqueles que, amarrados a um Estado Monstruoso de lóbi ,clientelas, burocratas e - que asfixiam uma sociedade mais livre , mais intervenvtiva e eticamente capazes duma sociedade mais justa e mais nobre- terão algum dia capacidade para fazer um País melhor .
Sei que estes 2 anos tem sido muito, muito difíceis.
Sei  as enormes dificuldades que as reformas estruturais terão de enfrentar.
Sei do medo, aliás compreensível, que muitos terão pelo seu destino.
Sei que vivemos uma crise gravíssima que nos impõe desafios tremendos mas, também sei ,que este é um momento de oportunidade que não podemos nem devemos perder.
Compreendo o abatimento do meu companheiro e amigo.
Só espero que ,neste caos ,não vá trocar o cordeiro pelo lobo




















sexta-feira, 31 de maio de 2013

A Grande Marosca

A ânsia do poder, a raiva incontida da perda do controle do regime que sempre consideram seu,a perspectiva de inflexão da política europeia no sentido do crescimento económico,o terror de que
o regime  deixe de ter espaço para um Estado monstruoso que alimenta lóbis e clientelas com total desprezo pelos resultados desastrosos que nos coloca reiteradamente na bancarrota : leva esta 
"esquerda unida" irresponsável, chantagista  e reacionária  a tentar apear um governo eleito e com maioria parlamentar. Não hesitam arrastar o País para uma grave crise política que,inevitávelmente, irá anular todo o sacrifício a que fomos sujeitos até agtora.
Para isto, usam todo o tipo de artimanhas: as manifestações são o Povo; as greves são gerais;utilização de agentes provocadores e arruaceiros para insultar os actuais governantes a todos os locais para onde se deslocam, etc,etc.
Nesta encenação de Dia do Corpo de Deus não pouparam o "pobre"do dr. Mário Soares que com visível dificuldade foi balbuciando um discurso escrito durante penosos 20 minuto!
Sem respeito pelas regras  democráticas, sem  respeito pelo esforço,esse sim, de todo um Povo para superar o estado em que deixaram o País, sem respeito pelo cumprimento do acordo assinado com os nossos credores, sem respeito por jovens  ou velhos,lançam  o Pais numa situação incontrolável,  de mais miséria, violência e sofrimento por muito e muito tempo.
As ovelhas viraram lobos, a Constituição  é a última barricada de um regime moribundo, as alternativas políticas ou são meras ficções que só outros podem viabilizar ou então uma qualquer democracia popular onde os Fideis e os Chaves enriquecem e o povo vive em abjecta miséria.
Sem dinheiro não há socialismo que nos valha. Há é uma pulsão  pelo controle do Estado para que a apropriação e repartição da riqueza criada se faça pelas suas clientelas em detrimento  do resto da
sociedade.
Esta é a grande marosca que está em curso e que a reunião na Aula Magna tão bem ilustra.












segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ideal Platónico

O ideal Platónico consiste na conjugação de três ideias: 1) todas as questões genuínas ,como na ciência, devem ter uma só resposta verdadeira;2) deve haver uma via fidedigna que permita descobrir essas verdades; 3) uma resposta verdadeira uma vez encontrada tem que ser compatível com as outras já encontradas ,formando um todo uno . Esta omnisciência,permitiria assim, a comprenssão perfeita do mundo. No caso da moral seria possível conceber Uma vida perfeita, dado que conheceríamos correctamente as regras que regem o universo.
Contudo, é muito improvável que esse conhecimento perfeito  possa ser atingido quer pelas nossas limitações quer pela complexidade da natureza exterior. Por isso, são muito os caminhos que os homens seguem procurando atingi-lo: as Igrejas; os laboratórios; a intuição; a exprimentação;nas visões místicas ou no calculo matemático.. Seja como for,segundo o  ideal platónico, sempre deve existir um sistema final que responda  às questões que buscamos. Se nòs não sabemos talvez Adão o soubesse no Paraíso, se isso não acontece podem os anjos sabê-lo e, se o não sabem, Deus  sabe.. As verdades perenes,em prícipio devem ser inteligíveis.
Este ideal em que muitos acreditam é determinante para uma visão moralista e missionária do mundo cuja organização sócio política tenderia para a perfeição plena.
Esta utopia tem custado aos homens sofrimentos e violências indiscritíveis,pelas guerras e perseguições a que tem sido sujeitos em nome de uma qualquer verdade absoluta cujo  fim último sendo Éden terreno se transforma no Inferno, dos que por qualquer razão deles tem dúvidas ou, se revelam pelos métodos de intolerâcia utilizados por aqueles que o perseguem.
O homem está condenado a escolher; cada escolha supera um problema que por sua vez outros problemas trará; uma solução final não é concebível como razoável para a sociedade humana e muito menos o sacrifício humano que tal projecto imporia aos que a não desejassem.A liberdade é que
torna  seres responsáveis,cientes das suas limitações e respeitadores dos nossos semelhantes.
Mesura ,humildade e liberdade são as pedras de toque de uma sociedade decente.
Kant dizia "do lenho retorcido da humanidade jamais se fez algo direito"



segunda-feira, 18 de março de 2013

Bota a baixo

Assistimos ,de novo, a um violentíssimo,virulento e coordenado ataque ao actual governo.
Protagonizado pelos partidos da oposição (PS,PCP e BE) que impúdicamente não revelam,ou porque não querem ou porque não sabem, que políticas alternativas   oferecem ao eleitorado,em caso de novas eleições!
A par disto, a nossa Comunicação Social amplia! até à náusea ,as críticas que faz do nosso País um dos mais "miseráveis" que imaginar se possa!
Obviamente que vivemos uma situação gravíssima , que nos impõe medidas draconianas e, para que dela saiamos como um País melhor,mais livre , mais justo,mais sustetável,menos dependentes do Estado ,mais responsável,com uma classe média cívicamemte mais forte e atuante,menos corrupto e mais sensato ( oito ou do oitenta), teremos de alterar profundamente um cultura, uma sociedade e uma economia que históricamente nos condena reiteradamente á mediocridade.
As forças reacionárias que agora se agitam frenéticamente para manter o stato quo do desgoverno de Sócrates sabem que,tem agora uma última oportunidade de manter as vantagens do poder e dos interesses que regime lhes proporcionou.
Para o julgamento histórico ainda é cedo.
Mas, para responsabilizar políticamente e judicialmente os principais fautores de quem nos levou á bancarrota e à corrupção generalizada já ontem foi tarde.




quarta-feira, 13 de março de 2013

A crise que não se quer ver ou entender

1) Em 1973 o Ocidente tem o primeiro grande abalo de uma economia com crescimento anémico,despesas excessivas e acumulação de dívida. Por trás desta realidade estão vários factores, sendo os principais:a globalização, desindustrialização, estado social excessivamente dispendioso e uma revolução tecnológica com criação desemprego estrutural importante. De então para cá , com honrosas excepções, o mundo ocidental , apesar do crescimento imparável da divida, foi vivendo como essa situação na convicção de que, tarde ou cedo seria  superada. Esta ilusão, arrastou-nos inexoravelmente para a grave crise que hoje vivemos! Quando a dívida já brilhava em todo o seu explendor, poucos olhavam para ela,preferindo enterrar a cabeça na areia para que um milagre nos mantivesse num conforto incomportável. O mercado eleitoral assim o exigia: o incumprimento das promessas eleitorais foi cavando o total descrédito nos políticos;a captação , por parte do Estado,de riqueza criada,enfraqueceu  drasticamente e economia privada e tornou o Estado num "monstro" paternalista e devorador da sociedade civil.
2)Desde o 25 de Abril sempre tivemos deficites orçamentais e ,nos últimos 10 anos do governo Socrático, saltou para os 10% ao ano.Isto,levou-nos, ipso facto, à bancarrota e á assinatura do memorando da Troika para que o estado continuasse a poder pagar vencimentos ,pensões,etc.
Desde então temos assistido a um verdadeiro "saque"fiscal com o empobrecimento da classe média e aumento exponencial do desemprego ,com a destruição do mercado interno  e encerramento das pequenas e médias empresas voltadas para este mesmo mercado. Por outro lado, o estado capturando uma  enorme fatia da riqueza criada ,impede a libertação de capital para apoio à  economia, passndo  a ser um importante factor para a letargia económica em que vivemos.
Sem capitais próprios e sem condições mínimas para atrair  o investimento externo só nos resta  levarmos a cabo as reformas  estruturais por forma a criar essas mesmas  condições.
Naturalmente tudo isto nos imporá medidas  dolorosas das quais não é possível fugir.
Ao estado compete viabilizar uma sociedade mais livre ,mais justa,mais autónoma e responsável. 
Estado competem funções de soberania, justiça , rgulação económicas integração social e,contrariamenteü, não pode ser um sorvedouro da riqueza,um monstro burocrático omnipotente e omnipresente , um empecilho da liberdade e iniciativa privada, um "big brother" disforme e desumano que  serve aos que o manipulam em menosprezo daqueles a quem devia servir.
3)O mundo Ocidental  está acometido de uma grave donça global que o atinge em todas as suas vertentes: económicas, políticas,sociais e ético/ morais. A sociedade de bem estar que se construí nos trinta  gloriosos anos do pos II Guerra Mundial tornou os europeus acomodados e esvaziados de valores. Incapazes de criarem e lutarem pelas condições necessárias ao desenvolvimento económico e   crescimento sustentável,os europeus teimam na salvaguarda de direitos miríficos para uma economia anémica que os seus Estados já não lhes pode conceder.
A História tem sido o cemitério de muitas civilizações e Impérios.
Oxalá não estejámos a assistir, com a inconsciência de muitos e ignorância de mais, à queda irreversível da nossa própria civilização.
A que preço?